domingo, 8 de abril de 2012

E o prémio de pior mãe vai para....

     

   Hoje de manhã ligo  TV e fico chocada, perplexa e indignada. Tratava-se um concurso em que miúdas entre os 3 e os 7 anos participam em provas de beleza, nos Estados Unidos. Até aqui tudo bem, não fosse a estupidez um defeito comum a todas as mães. Não mudei de canal, queria ver até onde elas era capaz de ir e confesso que superou as minhas expectativas. Aquelas miúdas servem de objectos e agem como verdadeiras bonecas: de plástico e sem cérebro. É notória a preocupação daquelas mães com uma prestação exemplar das suas filhas, para que elas  possam  ganhar prémios monetários e uma coroação de princesa! No fundo  querem que as filhas alcancem aquilo que elas nunca conseguiram. Arranjam treinadoras e cabeleireiras que as acompanham aos concursos e tudo é pensado ao pormenor. O vestido tem que arrasar, os cabelos arranjados, maquilhadas e o sorriso falso sempre na cara. Nesse concurso havia uma mãe que era dentista e deu-se ao trabalho de fazer uns dentes postiços à filha porque achava que se ela ficasse com "covinhas" ao sorrir ganhava o prémio de "melhor sorriso". E não eram só os dentes que eram falsos, também o cabelo era postiço e as pestanas. A pele estava carregada de maquilhagem e têm que aguentar um dia inteiro a prestar provas. Num outro caso, a tutora da menina ensinava-a que ela deveria casar-se com um tótó inteligente porque, segundo ela,  quando crescerem são esses que ganham mais dinheiro. E são estes os valores ensinados às crianças, que devemos casar com alguém pela conta bancária. Estas miúdas desde cedo começam a ser bastante competitivas, fúteis e mimadas e isso vai reflectir-se na sua personalidade e maneira de encarar a vida. Nenhuma criança merece ser forçada a crescer e tornar-se a típica miúda de plástico, que mais tarde recorrem ao silicone e ao botox para se sentirem felizes. A felicidade delas resume-se a um vestido, sapatos, maquilhagem, cabelos e silicone. E então conseguem ser Barbies..sem cérebro e de plástico!               

Música para os meus ouvidos #3

terça-feira, 3 de abril de 2012

Is this Love?

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  É engraçado percorrer os anos vividos e perceber como os sentimentos se alteram, como a nossa personalidade se molda às circunstâncias, pessoas e valores. Quando somos pequenos temos o desejo enorme de dar um salto gigante na linha cronológica e viver como um adulto. Chegados à idade adulta esse desejo inverte-se e era tão bom se pudesse o tempo recuar e viver de novo a infância já perdida. Livres de responsabilidades, onde a ingenuidade, inocência e simplicidade toma conta de nós. Muitas vezes este sentimento apodera-se quando as expectativas não correspondem à realidade, quando os olhos inocentes deixam de ver o Mundo em modo "desenho animado" e as pessoas se transformam em monstros saídos de filmes de terror.  Ano após ano da nossa vida, dia após dia começamos finalmente a perceber o sentido da vida, o que nos move e o mais importante: descobrimos o Amor! E quando falo em Amor falo nas mais variadas formas, nas mais diversas situações. Desde o Amor que sentimos pela nossa família após o primeiro minuto de existência e que se intensifica minuto a minuto. Quando descobrimos o amor da forma mais inesperada, pela pessoa mais improvável e no momento em que nada parece fazer qualquer tipo de sentido. Manifesta-se num gesto, num olhar, num "Amo-te".
  Quando perdemos alguém que nos é muito querido e que amámos de uma maneira incondicional a vida começa a ganhar forma e encontramos beleza em coisas pelas quais ainda não tínhamos dado conta. Quando descobrimos que o nosso trabalho nos preenche e nos realiza em todos os sentidos. Trabalhar torna-se um vicio e não um suplicio. Encontrei o amor nos meus amigos de sempre, onde nada se pede e tudo se dá, onde guardamos os nossos problemas no bolso e resolvemos os deles.
  No meu caso descobri o verdadeiro significado da palavra Amor com 3 seres absolutamente fantásticos: os meus sobrinhos. E por ser a forma mais pura de amor e mais genuína não há palavras que o possam descrever. Basta um sorriso desmedido, um olhar carinhoso e umas quantas palavras inocentes para que o dia ganhe sentido e tudo seja feito com um sorriso nos lábios. 
 Ao longo da vida aprendi que o melhor da vida não são coisas, são pessoas e momentos. Pessoas admiráveis que tornam os momentos inesquecíveis e que nos dão vontade de encher o peito de ar e gritar bem alto o quanto somos felizes e estamos gratos por existirem na nossa vida. E qual é a parte melhor? Saber que ainda vamos descobrir uma nova forma de amar, ainda maior, mais intensa e diferente de tudo o que vivemos até aqui!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Música para os meus ouvidos #2

Férias vs Tempo

 Pois é, posso considerar-me uma sortuda por ter direito (ainda) a uma semana de descanso no período da Páscoa. E dá imenso jeito, apesar de ser UMA semana apenas! Embora a faculdade me deixe descansar os neurónios por uma semana, a Rosa Chiclet não tira férias e por isso as "férias" vão ser passadas a trabalhar. Tenho que fazer 1000 coisas e acho sempre que o tempo voa e não vou conseguir fazer tudo aquilo que eu quero...